Agência EFE
PARIS - A ex-candidata socialista à Presidência da França Ségolène Royal quer chegar à liderança do partido com uma política que pretende 'questionar dogmas e lemas'.
À revelia de Royal, a direção do Partido Socialista (PS) iniciou no sábado o processo de 'renovação' que culminará em um congresso extraordinário em 2008.
A ex-candidata presidencial quer assumir a liderança do partido e hoje, em várias entrevistas à televisão, defendeu 'que os socialistas reconstruam um projeto para preparar a alternativa e fazer com que cada proposta reflita bem como é financiada e aplicada'.
As palavras de Royal eram uma resposta às inúmeras críticas que recebeu por se opor às propostas eleitorais do partido em relação às 35 horas de trabalho semanais e ao valor do salário mínimo.
A ex-candidata presidencial se mostrou satisfeita com a definição de um calendário com vistas ao congresso socialista de 2008 e disse que 'ninguém é dono' da legenda.
O atual líder do PS e ex-companheiro de Royal, François Hollande, afirmou hoje que não continuará no posto e se mostrou convencido de que, além de Royal, outros socialistas vão querer concorrer à Presidência do partido.
Hollande acrescentou que o debate prévio ao congresso partidário não pode ser sobre as pessoas, mas sobre as idéias.