Agência EFE
TÓQUIO - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou neste domingo que a reforma da Constituição pacifista do país será o centro de sua campanha para as eleições da Câmara Alta em julho e assegurou que a emenda será apresentada em três anos.
Abe, que assumiu o cargo em setembro e concentra sua política na revisão da Constituição pacifista, fez as declarações em um programa da televisão 'NHK'.
A primeira emenda na história da Constituição, redigida pelas forças de ocupação após o final da Segunda Guerra Mundial, depende de referendos que serão possíveis por uma lei aprovada no mês passado e que entra em vigor em 2010.
Desde que assumiu, Abe promoveu uma série de iniciativas que buscam modificar o status legal do país e especialmente a Constituição, imposta pelos Estados Unidos, por considerá-la pouco adequada ao atual panorama internacional.
Segundo a agência de notícias 'Kyodo', Abe reconheceu a dificuldade da revisão constitucional devido ao grande apoio ao Artigo 9, no qual o Japão renuncia à guerra e à manutenção de um Exército permanente.
Uma enquete publicada este ano por ocasião do 60º aniversário da Constituição pelo jornal 'Asahi Shimbun', revelou que 78% da população japonesa acha que o Artigo 9 contribuiu para a paz no país durante as últimas seis décadas.