Agência EFE
LONDRES - A Procuradoria da Coroa britânica pediu que a Polícia 'continue investigando' o escândalo da venda de cargos e títulos honoríficos em troca de doações milionárias ao Partido Trabalhista.
Em abril passado, a Scotland Yard entregou seu relatório completo à Procuradoria, que deverá decidir se apresenta acusações.
A Polícia britânica interrogou, até o momento, 136 pessoas dentro de uma investigação para esclarecer o escândalo.
A Scotland Yard interrogou quatro colaboradores próximos ao primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, que negaram qualquer delito.
A investigação policial começou no ano passado, depois das acusações contra o partido do Governo de ter oferecido títulos de lorde a quatro empresários multimilionários que ajudaram a financiar a campanha trabalhista às eleições de 2005 com empréstimos nãoe declarados, violando a lei eleitoral.
A investigação não se limita aos trabalhistas, mas se estende também à oposição. Além de Blair, entre os interrogados está o ex-líder conservador Michael Howard, como 'testemunha potencial', assim como o chefe de Governo.
Os detidos e interrogados cautelarmente são Des Smith, envolvido no programa acadêmico do Governo; Christopher Evans, fundador da empresa Merlin Biosciences, que doou cerca de ¬ 1,5 milhão ao trabalhismo entre janeiro e maio de 2006; Ruth Turner, estreita colaboradora de Blair, e Michael Levy, arrecadador de fundos do trabalhismo e amigo pessoal do primeiro-ministro.
Ultimamente, a Polícia vem se concentrando na possível ocultação de provas relacionadas a esse escândalo.