Agência EFE
RAMALA - O negociador-chefe da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, assegurou nesta segunda-feira que os palestinos estão dispostos a negociar um novo cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza e que existem 'esforços europeus preliminares'neste sentido.
- Queremos garantias de uma terceira parte para reforçar a calma, disse Erekat à rádio 'A Voz da Palestina'.
O dirigente palestino também pediu à comunidade internacional e ao Quarteto de Madri (formado por Estados Unidos, ONU, União Européia e Rússia) que 'intervenham rapidamente para que Israel ponha fim aos bombardeios na Faixa de Gaza', que deixaram 13 mortos desde a noite de domingo.
A visita do alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, à região, onde se reunirá esta tarde em Sderot (sul de Israel) com a ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, pode ajudar a renovar o cessar-fogo firmado em novembro, acrescentou.
O ministro de Informação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mustafá Barghouti, qualificou as recentes operações militares israelenses em Gaza de 'crimes de guerra' contra civis inocentes, sustentadas no 'silêncio' da comunidade internacional.
- Israel acredita ter o direito de matar e destruir tudo e de ter como alvo todos os palestinos, independentemente se forem homens, mulheres ou crianças, denunciou em comunicado citado pela agência palestina de notícias 'Ma'an'.
Além disso, o ministro acusou Israel de 'ter alcançado um grau inédito de arrogância', com o anúncio feito pelo Exército israelense de que 'só' tinham morrido três civis em um bombardeio realizado no domingo contra Cidade de Gaza.
O ataque matou nove palestinos, 'o que mostra que três civis inocentes não são importantes' para este Estado, disse Barghouti.