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Trabalhadores da Deutsche Telekom iniciam greve

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Agência EFE

FRANKFURT - Cerca de 10 mil empregados da companhia alemã de telecomunicações Deutsche Telekom começaram hoje na Alemanha greves maciças para protestar contra a transferência de 50.000 empregos de serviços a empresas externas, com custos mais baixos.

O sindicato de serviços Ver.di, organizador desta ampla ação de protesto, disse que a 'luta trabalhista transcorreu de acordo com os planos'.

O maior protesto dos empregados desde a privatização da Deutsche Telekom, há 12 anos, produzirá restrições de serviços e de conserto de avarias.

A grande maioria (96,5%) dos empregados da Deutsche Telekom membros do sindicato Ver.di e convocados em um plebiscito votou a favor desta greve.

Um porta-voz da Deutsche Telekom disse que 'ainda é muito cedo para dizer quais serão as possíveis repercussões do protesto'.

Neste sentido, o diretor de Finanças da Deutsche Telekom, Karl-Gerhard Eick, considerou que 'esta greve é um claro sinal de que o sindicato Ver.di não está disposto a dialogar', e assegurou que a empresa se preparou para limitar as repercussões nos clientes.

Após cinco rodadas de negociações com o sindicato, nas quais não se chegou a um acordo, a Deutsche Telekom propôs uma redução salarial de 9% nos próximos dois anos e meio para estes empregados de serviços, e um prolongamento da jornada de trabalho semanal em quatro horas, para 38 horas.

Além disso, a companhia alemã se compromete a evitar demissões até 2011 e a criar novos postos de trabalho com custos mais baixos.

O sindicato Ver.di rejeitou esta última oferta e quer conseguir que a Deutsche Telekom garanta que os trabalhadores afetados pela mudança continuem protegidos pelo convênio coletivo.