Agência EFE
ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, e os dirigentes das duas legendas com maioria no Governo, Democráticos de Esquerda (DS) e Margarida, estabeleceram nesta sexta-feira um calendário que levará, em 14 de outubro, à eleição da Assembléia Constituinte do Partido Democrático, no qual se fundirão.
Os líderes políticos se reuniram nesta sexta-feira e assinaram um documento que prevê, como primeiro passo para o nascimento do Partido Democrático, a criação, em 23 de maio, de um comitê promotor.
A fusão das duas legendas, às quais se soma o partido Republicanos Europeus, responde a uma tentativa de superar a fragmentação política que existe na Itália.
Prodi explicou que estes partidos já convivem na coalizão A Oliveira, mas que 'é o momento de fazê-los reviver em um sujeito político verdadeiro e próprio, preparando um partido novo e unitário'.
O primeiro-ministro acrescentou que espera que, em 14 de outubro, ocorra uma grande participação dos cidadãos, e que, 'aquele que desejar, possa aderir ao novo partido e participar da escolha dos delegados da Assembléia'.
O comitê promotor será composto por trinta pessoas, um terço das quais serão mulheres, e formado pelos membros do DS e do Margarida, e representantes da sociedade civil, segundo o documento aprovado nesta sexta-feira.
Este comitê terá que promover iniciativas de apresentação do Partido Democrático, aprovar um regulamento e coordenar como serão desenvolvidas as eleições para a Assembléia Constituinte.
Apesar de o Partido Democrático estar começando a tomar vida, as divisões entre o DS e os integrantes do Margarida persistem.
Os membros do DS criticaram o apoio do Margarida à manifestação de sábado organizada por associações eclesiásticas a favor da família tradicional e contra a lei de legalização dos casais que vivem juntos.
Por enquanto, ainda não está definido quem será o líder do novo partido, já que Prodi anunciou que, após esta legislatura, não se candidatará às próximas eleições.