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BERLIM - O ministro do Interior da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, prometeu na sexta-feira adotar medidas duras a fim de impedir que manifestantes consigam atrapalhar a cúpula do Grupo dos Oito (G8) marcada para acontecer em junho em um balneário do país.
Em declarações dadas ao jornal Bild, o ministro afirmou que as pessoas suspeitas de planejar ataques contra alvos da cúpula poderiam ficar detidas por até duas semanas para garantir a segurança dos líderes do G8 no encontro que acontece em Heiligendamm, do dia 6 ao dia 8 de junho.
- Quando os mais importantes líderes políticos do mundo reúnem-se, há um alto risco. Faremos todo o possível para garantir a segurança deles e, em vista disso, adotaremos as medidas apropriadas - afirmou Schaeuble ao jornal Neue Presse, em uma entrevista publicada na sexta-feira.
O ministro já havia prometido tornar mais rígido o controle das fronteiras antes da cúpula, retomando o controle de passaporte nos aeroportos para impedir a entrada no país de supostos desordeiros.
Na entrevista, Schaeuble notou que foi durante a cúpula do G8 dois anos atrás, em Gleneagels, Escócia, que aconteceram os atentados suicidas de 7 de julho contra o sistema de transporte público de Londres.
- O risco de que ocorram atentados terroristas na Alemanha não é hipotético. É bastante concreto - afirmou.
No começo desta semana, a polícia lançou uma série de operações contra grupos antiglobalização do norte da Alemanha, uma medida que provocou manifestações nas ruas de Hamburgo e Berlim.
Até 16 mil integrantes das forças de segurança da Alemanha ficarão mobilizados nos três dias da cúpula.
E pouco mais de mil militares também devem participar da operação de segurança, algo controverso devido à tradicional oposição, na Alemanha, ao uso de soldados dentro do país.