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Parlamento Europeu faz críticas à Rússia

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Agência EFE

BRUXELAS - O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira uma resolução criticando o Governo russo, mas lembrando que o país é para a UE um parceiro-chave econômica e politicamente.

O texto, tramitado por ocasião da cúpula UE-Rússia do próximo dia 18 na cidade russa de Samara, foi consenso entre os principais grupos políticos e aprovado por aclamação.

O Parlamento Europeu define a Rússia como 'um aliado para uma cooperação estratégica', que compartilha com a UE 'não só interesses econômicos e comerciais, mas também o objetivo de uma cooperação estreita no cenário internacional'.

Neste sentido, defende o reinício 'mais rápido possível' da negociação para o acordo de cooperação UE-Rússia, bloqueado pela Polônia por causa do embargo de Moscou contra a carne polonesa por razões sanitárias. O documento também defende a adesão em curso da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Por outro lado, o texto faz críticas ao anúncio do presidente russo, Vladímir Putin, de denunciar certos tratados de defesa por causa do projeto americano de instalar um sistema antimísseis na Polônia e na República Tcheca.

Além disso, pede aos Governos europeus 'solidariedade' com a Estônia por causa da crise diplomática com a Rússia pela retirada de um monumento ao Exército Vermelho em Tallinn e apela ao Kremlin para cumprir sua obrigação de proteger a embaixada estoniana em Moscou, que tem sido alvo de manifestantes.

O Parlamento reiterou preocupação pela situação de direitos e liberdades na Rússia e aludiu em particular às 'torturas' na Chechênia e à repressão violenta das recentes manifestações de opositores ao Governo de Putin.

Além disso, reivindicou às autoridades russas que garantam um processo eleitoral 'livre e justo' no pleito legislativo de dezembro e presidencial de março de 2008. Os deputados europeus pediram concretamente que a Rússia reconheça os partidos que não puderam registrar-se por que os critérios são 'muitos exigentes'.

Na agenda internacional, a resolução pede que Moscou não "entorpeça' as negociações sobre o status final da província sérvia do Kosovo e que colabore na resolução da disputa nuclear com o Irã e para a resolução dos conflitos no Oriente Médio.