Agência EFE
NAÇÕES UNIDAS - Rússia, China e África do Sul expressaram nesta quarta-feira sua oposição aos EUA e ao Reino Unido, que querem promover no Conselho de Segurança da ONU uma resolução com novas sanções contra o Sudão por causa da persistência da violência na região de Darfur.
Rússia e China, que como membros permanentes da entidade têm poder de veto, assim como a África do Sul, rejeitaram a iniciativa de britânicos e americanos por a considerarem 'contraproducente' diante dos eventos favoráveis que aconteceram nesta semana.
O Governo de Cartum deu na última segunda sinal verde para a implementação do pacote de apoio à missão de paz que a União Africana (UA) tem mobilizada em Darfur, que consiste no envio de 3.000 homens, além de helicópteros de combate.
Esta é a segunda fase da transição para o envio para a região de uma força conjunta, com homens da ONU e da UA, que segundo previsões contarão com 20.000 soldados, iniciativa que ainda não foi aceita pelo Governo sudanês.
- Após muito tempo, existem desenvolvimentos positivos no diálogo entre a ONU e Cartum, por isto retornar para as sanções não será uma boa idéia - declarou o embaixador russo, Vitaly Churkin.
De forma similar afirmou o embaixador adjunto da China, Liu Zhenmin, que disse que 'é melhor não se movimentar nesta direção', após os esforços diplomáticos que estão sendo realizados para que o Sudão aceite o envio de uma força de paz conjunta entre ONU e UA.
A África do Sul também levantou a voz contra uma nova resolução sobre o Sudão, em um momento no qual existem avanços no terreno diplomático, após vários meses de estagnação.
- Estudar sanções agora seria muito contraproducente - declarou o embaixador sul-africano Dumisani Kumalo.