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Seul condiciona ajuda humanitária a Pyongyang a desnuclearização

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Agência EFE

SEUL - A Coréia do Sul estuda a revisão da ajuda humanitária à Coréia do Norte, depois de o país não cumprir o prazo para o início de sua desnuclearização, informou nesta segunda-feira a agência sul-coreana 'Yonhap'.

Até agora, Pyongyang não mostrou nenhum indício de que iniciará sua desnuclearização, apesar de já terem se passado dois dias do fim do prazo fixado para desmantelar sua usina nuclear de Yongbyon.

Segundo o acordo assinado em 13 de fevereiro, em Pequim, dentro das conversas de seis lados, Pyongyang se comprometeu a fechar em 60 dias seu reator nuclear de Yongbyon e a permitir a entrada de inspetores internacionais em troca de ajudas em forma de energia.

O Governo de Seul não descarta desconvocar o comitê econômico intercoreano programado para esta semana em Pyongyang, onde tinha previsto estipular o envio de 400 mil toneladas de arroz à Coréia do Norte.

As duas Coréias tinham concordado em discutir o envio de arroz, cujo início estava previsto para a quarta-feira, durante a última reunião interministerial realizada em março.

Caso ocorra o comitê econômico, Seul estuda atrasar o envio de arroz até que o regime comunista inicie sua desnuclearização.

O Ministério de Unificação sul-coreano pretende anunciar amanhã a decisão sobre a realização do comitê econômico.

Seul decidirá, além disso, se anula o contrato para enviar as 50 mil toneladas de petróleo pesado que prometeu em troca do fechamento da usina de Yongbyon.

A Coréia do Sul, país encarregado pelo primeiro envio de petróleo, se viu obrigada a revisar o contrato de navios porque o atraso do processo está gerando perdas diárias de aproximadamente US$ 80 mil.

O Ministério de Unificação sul-coreano calcula que as perdas provocadas pelo atraso do envio de petróleo e pela anulação do contrato de transporte poderiam chegar aos 3,6 bilhões de wons (US$ 3,8 milhões).

Pyongyang anunciou na sexta-feira passada que iniciará seu compromisso de desnuclearização assim que comprovar que tem acesso aos fundos que foram congelados no Banco Delta Asia de Macau.

Até agora não há indícios de que o país comunista tenha retirado o dinheiro na entidade bancária.