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Grupo do Rio analisa avanço institucional no Haiti

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REUTERS

SANTO DOMINGO - A 13ªReunião Ministerial do Grupo do Rio, que começa nesta terça-feira em Santo Domingo, tratará de definir se o Haiti conseguiu o avanço institucional e técnico para que a comunidade internacional comece a desembolsar recursos prometidos para o desenvolvimento do país.

O anúncio foi feito no domingo pela vice-chanceler da República Dominicana, Alejandra Liriano, que explicou que o evento não abordará o tema relativo à situação dos imigrantes haitianos na República Dominicana, pois tratar-se de um assunto bilateral que pode ser conversado em uma comissão mista.

Liriano disse que a comunidade internacional quer ter a garantia de que o passado não se repetirá. Segundo ela, alguns governos haitianos receberam fundos de ajuda que pararam em mãos particulares.

Liriano, subsecretária de Relações Exteriores, disse que os 47 países da América Latina e da União Européia que participam do evento, 30 deles em nível de chancelaria, propõem-se a tratar da pobreza no Haiti.

- Trata-se de seguir aprofundando a maneira e os mecanismos através dos quais se buscará uma saída para a situação de insegurança que o Haiti vive. Mas não concretamente o tema migratório, que é um assunto de interesse bilateral, afirmou.

Ela afirmou que o interesse da cúpula é concentrar a atenção nos fundos prometidos ao Haiti em diferentes encontros internacionais, realizados em Montreal, Washington e na Espanha, entre outros.

Mas também examinará os avanços no Haiti em relação à segurança jurídica e da cidadania, além do desenvolvimento das instituições.

- Estes fundos foram prometidos em mais de dez encontros internacionais, mas ainda não chegaram ao Haiti, disse ela na televisão local.

A reunião, que será realizada na sede do Ministério das Relações Exteriores, terá participação de 27 países da UE e de outros 20 do Grupo do Rio.

Liriano destacou que entre as exigências dos governos e organismos internacionais doadores está a de que o Haiti tenha capacidade técnica e institucional para colocar em prática programas de infra-estrutura.

Ela relembrou que o Haiti precisa de estrutura sanitária, aquedutos, estradas, escolas, hospitais e programas de sustentação do meio ambiente que permitam uma saída gradual dos níveis de subdesenvolvimento e de pobreza extrema.

- Estamos falando sobre uma estrutura governamental confiável, que permita que estes fundos sejam executados com capacidade técnica, disse.