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Blair reitera confiança em ministro da Defesa

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Agência EFE

LONDRES - O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, mantém uma 'confiança total' no seu ministro da Defesa, Des Browne, apesar de sua polêmica decisão de permitir aos marinheiros capturados pelo Irã vender sua história à imprensa, disse nesta segunda-feira seu porta-voz oficial.

A postura do primeiro-ministro foi divulgada pouco antes do comparecimento de Browne, esta tarde, na Câmara dos Comuns, para explicar a polêmica decisão.

O ministro já assumiu a responsabilidade no caso, mas o Partido Conservador (líder da oposição) exigiu que esclareça sua atitude ou, caso contrário, pedirá sua renúncia.

No entanto, Blair acredita que o ministro da Defesa será "completamente transparente e franco sobre como tomou a decisão'

quando fizer a declaração no Parlamento.

Apesar das pressões da oposição, o posto de Browne não parece correr perigo, já que conta com o apoio não só de Blair, mas do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, tenente-general Jock Stirrup.

Na semana passada, o primeiro-ministro do Reino Unido reconheceu que não foi uma boa idéia permitir aos 15 militares capturados pelo Irã em março vender sua história à imprensa.

- Vendo as coisas com perspectiva, foi uma boa idéia? Não, afirmou Blair no dia 11.

Blair fez estes comentários depois que Des Browne assumiu toda a responsabilidade pela decisão de permitir a dois dos quinze marinheiros vender suas histórias à imprensa.

Browne admitiu que, vendo as coisas em perspectiva, 'teria tomado uma decisão diferente'.

Faye Turner - a única mulher do grupo de reféns - e Arthur Batchelor revelaram há pouco mais de uma semana detalhes da captura, pelos quais receberam grandes somas de dinheiro.

Os políticos da oposição e familiares de soldados mortos em combate criticaram o Governo por autorizar aos marinheiros que concedessem entrevistas em troca de dinheiro.

O Reino Unido insistiu em que os militares foram retidos em águas iraquianas do Golfo Pérsico, enquanto o Irã assegura que os britânicos entraram em suas águas jurisdicionais.

Os marinheiros retornaram no dia 5 ao Reino Unido, depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou no dia anterior sua libertação como 'presente ao povo britânico'.