Agência EFE
TÓQUIO - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o premier da Itália, Romano Prodi, decidiram nesta segunda-feira promover a cooperação entre os dois países nos campos da segurança, da defesa, da reconstrução do Afeganistão e no conflito com a Coréia do Norte, segundo a agência de notícias 'Kyodo'.
Os dois governantes também discutiram assuntos como a mudança climática, a ajuda ao desenvolvimento da África e outras questões de interesse do Japão e da Itália, países que presidirão em 2008 e 2009, respectivamente, o grupo do G8 - sete países mais industrializados do mundo e a Rússia.
- O Japão e a Itália decidiram em nossa reunião de hoje se comprometer ativamente na ajuda à reconstrução do Afeganistão, afirmou Abe.
O premier japonês ressaltou que o Japão não enviará tropas, mas que fornecerá uma ajuda de ¥ 2 bilhões (US$ 16 milhões) nos próximos anos.
Na primeira reunião com Prodi desde que assumiu o poder, Abe reiterou a oposição do Japão à suspensão da moratória européia à venda de armas à China.
Prodi, que chegou no domingo ao Japão para uma visita oficial de três dias, respondeu que este assunto está sendo deliberado "constantemente' na União Européia e que é preciso fazer 'mais debates' para resolvê-lo.
Em relação à Coréia do Norte, o premier italiano afirmou que a Itália é consciente da importância do acordo firmado pelas duas Coréias, Rússia, Estados Unidos, China e Japão para a desnuclearização norte-coreana e acrescentou que Roma apóia a postura de Tóquio.
Prodi elogiou as avançadas tecnologias japonesas para a conservação da energia e para a proteção do ambiente e disse que a Itália deseja trabalhar com o Japão neste campo para alcançar os objetivos da UE.
Após a reunião, Prodi, Abe e sua mulher, Akie, visitaram a exposição 'A mente de Leonardo', no Museu Nacional de Tóquio, uma mostra na qual se exibe a obra-prima de Da Vinci, 'A Anunciação', e que faz parte da Primavera Italiana realizada na capital japonesa.