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Militares do Irã advertem EUA a não atacarem

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REUTERS

TEERÃ - A Guarda Revolucionária, unidade de elite do Irã, advertiu os Estados Unidos contra um ataque à República Islâmica, disse uma agência de notícias nesta segunda-feira, dois dias depois que a Organização das Nações Unidas impôs novas sanções sobre o Irã.

A tensão internacional sobre o programa nuclear do Irã cresceu ainda mais nos últimos dias, elevando os preços do petróleo. O Ocidente suspeita que o Irã esteja tentando fazer bombas atômicas, o que Teerã nega.

O Irã disse no domingo que limitará sua cooperação com a agência nuclear da ONU e que não vai parar, "nem por um segundo", seus planos atômicos depois que o Conselho de Segurança aprovou novas sanções de armas e financeiras.

Os EUA, que lideram os esforços para isolar o Irã devido às suas ambições nucleares, disseram que preferem uma solução diplomática para a crise, mas não descartam opções militares.

"Se a América começar uma guerra contra o Irã, não será ela que a encerrará", disse Morteza Saffari, comandante das forças navais da Guarda Revolucionária, segundo a agência de notícias ISNA.

"Nosso povo não vai permitir que nem mesmo um soldado americano entre no nosso país", afirmou, na cidade de Shoush, no noroeste.

A Guarda Revolucionária é o braço ideológico das forças armadas do Irã, com uma estrutura de comando separada do Exército comum.

Unidades da Guarda capturaram na sexta-feira 15 militares da Marinha britânica no Golfo, provocando uma crise diplomática.

O Irã disse que está considerando acusar os marinheiros e fuzileiros navais britânicos, que afirma ter capturado em suas águas territoriais. A Grã-Bretanha diz que eles estavam em território iraquiano.

Um diplomata britânico em Teerã disse nesta segunda-feira que a Grã-Bretanha requisitou outro encontro entre seu embaixador, Geoffrey Adams, e representantes do Ministério do Exterior para tentar a libertação do grupo, bem como acesso aos militares.