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BERLIM - Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nas ruas de Berlim no domingo para comemorar meio século da União Européia, no maior festival de rua que a cidade já viu desde a Copa do Mundo.
Enquanto líderes das 27 nações da União Européia discutiam planos para reformar as instituições do bloco até 2009, bandas ao vivo ao redor da Europa atraíam multidões no Portão de Brandeburgo, um dos mais conhecidos símbolos de Berlim.
Os visitantes podiam escolher ainda entre iguarias nacionais como peixe com batatas na barraca britânica, sorvete no quiosque italiano ou sangria no espanhol. E havia motivos para estar animado na festa de 1,7 milhão de euros, já que o céu azul combinava com balões da mesma cor e bandeiras eram entregues para marcar o 50º aniversário do Tratado de Roma.
Mas alguns não estavam certos sobre se havia muito para comemorar.
"A festa está ótima. Mas seria melhor se os europeus pudesse estar tão unidos na realidade quanto estão nesta comemoração", disse Anja Mehar, vendedora alemã de 34 anos.
"Ainda há muitas divisões culturais. Estamos celebrando algo que ainda não atingimos", acrescentou.
Mas outros estavam contentes em comemorar as vantagens da UE.
"O que eu gosto é do aspecto internacional, a chance de aprender outras línguas", disse o professor de ginástica de 47 anos Thomas Van Den Berg, de Gelsenkirchen. "Como alemão, eu acredito que a criação da UE foi também um golpe de sorte. Mas agora precisa se tornar algo mais concreto."
Nem todos em Berlim estavam prontos para se juntar à festa. Ao longo da cidade, mais de mil ativistas anti-globalização, radicais de esquerda e sindicalistas participavam de um protesto do fórum cerimonial. Eles foram facilmente superados em número por uma força policial de 2.000 homens que seguia a manifestação.
"Somos contra os planos de mais liberação de mercado e militarização do poderoso bloco UE. Queremos uma UE do povo", disse Mario Sperling, da Oposição Netzwerk Linke, à Reuters.