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A terra continua tremendo no litoral ocidental do Japão

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Portal Terra

JAPÃO - Fortes réplicas continuaram sacudindo nesta segunda-feira a costa ocidental do Japão, um dia depois do violento terremoto que deixou um morto e quase 200 feridos, segundo o último balanço oficial, Mais de 2.600 habitantes da pitoresca península de Noto, no coração da zona devastada, passaram a noite em albergues improvisados, precisou a Agência de Gestão de Desastres.

Cerca de 130 pessoas continuam presas nas estradas devido ao fechamento de várias passagens. O potente terremoto, de uma magnitude 6,9 graus na escala Richter, destruiu quase 70 casas e edifícios e danificou mais de 300.

Depois do terremoto da manhã de domingo - "aterrador" segundo as testemunhas -, a península de Noto foi sacudida por 175 tremores decorrentes do terremoto, precisou a meteorologia nacional.

O mais importante tremor ocorreu na manhã de segunda-feira e alcançou uma magnitude de 5,3 na escala de Richter.

Mais de 200 réplicas, algumas delas fortes, acompanharam o principal tremor, gerando pânico entre as 2.500 pessoas que tiveram de passar a noite em refúgios provisórios.

Na pequena cidade portuária de Wajima, no centro da zona devastada, soldados, bombeiros e policiais tentavam encontrar possíveis desaparecidos e restabelecer o fornecimento de água, cortada desde domingo pela manhã.

Os japoneses, cujo país sofre aproximadamente 20% dos tremores mais fortes registrados todos os anos no mundo, estão habituados a sentir a terra tremer sob seus pés.

Mas a violência do terremoto de domingo foi além do que poderiam imaginar, levando muitos a recordar a tragédia do terremoto de Kobe, que deixou 6.500 mortos em 1995, também no oeste do Japão.

O primeiro-ministro Shinzo Abe se comprometeu em fazer todo o possível para ajudar as vítimas desse terremoto e reconstruir a região afetada.

O último grande tremor no Japão aconteceu em outubro de 2004. Um terremoto de 6,8 graus na escala Richter deixou 67 mortos e milhares de flagelados na prefeitura de Niigata (norte).