ASSINE
search button

Bush expressa apoio ao secretário de Justiça que sofre pressões

Compartilhar

Agência EFE

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ligou hoje para o secretário de Justiça, Alberto Gonzales, para expressar apoio em meio aos pedidos de renúncia devido ao escândalo provocado pelas demissões de oito promotores federais.

A ligação de Bush foi feita depois do aumento, nas últimas horas, da tensão sobre o secretário de Justiça, para o qual a Casa Branca já teria começado a buscar um substituto, segundo diferentes meios de comunicação desmentidos oficialmente hoje.

"O presidente reafirmou o forte respaldo e apoio ao secretário de Justiça', disse hoje a porta-voz da Casa Branca Dana Perino, que reiterou que a ligação de Bush, às 7h15 (8h15 de Brasília), ocorreu para 'reafirmar seu apoio'.

Perino afirmou hoje que os rumores que indicam que um substituto está sendo procurado 'não são certos'.

O apoio mostrado hoje pela Casa Branca a Gonzales é muito mais contundente que o manifestado até agora. Nesta segunda-feira, o porta-voz presidencial Tony Snow se limitou a dizer que, apesar de todos os eventos, a Casa Branca 'espera' que Gonzales continue no cargo.

"Esperamos que continue. O presidente disse que tem confiança em Gonzales', afirmou Snow.

A situação de Gonzales, no entanto, está muito longe de estar clara, especialmente depois da divulgação de centenas de mensagens eletrônicas do Departamento de Justiça que revelam conversas no Governo sobre os promotores que deveriam ser demitidos, uma medida que, segundo legisladores democratas, teve razões políticas e não profissionais.

Segundo políticos democratas, que se uniram com dois republicanos, a demissão dos promotores teve sua origem em uma vingança política do Governo republicano do presidente George W. Bush.

Os promotores foram demitidos em dezembro e a situação se transformou em um escândalo com a divulgação de que funcionários do Departamento de Justiça e da Casa Branca planejaram em detalhe as saídas.