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Guiné declara lei marcial após onda de manifestações sindicais

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REUTERS

CONACRI - O presidente da Guiné, Lansana Conte, declarou lei marcial nesta segunda-feira no país, na África Ocidental, a fim de conter a onda de manifestações sindicais contra seu governo, que dura 23 anos.

- Devido à destruição e às perdas em termos de vidas humanas, decidi decretar lei marcial em todo o território nacional - disse Conte pela rádio pública.

A lei marcial proíbe reuniões públicas, dá poder aos militares para prender quem eles considerarem uma ameaça à segurança nacional e impõe um rígido toque de recolher.

- Foram dadas ordens aos chefes das Forças Armadas para adotar todas as medidas apropriadas para defender o povo da Guiné do risco de guerra civil - disse o presidente.

Pelo menos nove pessoas morreram na segunda-feira, quando os sindicatos retomaram a greve geral em protesto contra a nomeação de um aliado de Conte para o cargo de primeiro-ministro de consenso.

Os sindicalistas dizem que a indicação viola um pacto de compartilhamento de poder que encerrou uma sangrenta greve geral de 18 dias em janeiro. A manifestação de segunda-feira prejudicou a produção de bauxita, minério do qual a Guiné é o maior exportador mundial.