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Diferenças-chave com Coréia do Norte foram resolvidas

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REUTERS

PEQUIM - A negociação sobre o programa nuclear da Coréia do Norte resolveu importantes diferenças em direção à desnuclearização do país, embora um potencial acordo tenha que ser aprovado por autoridades dos seis países envolvidos nas conversas.

Os Estados Unidos e a Coréia do Norte negociaram na segunda-feira o auxilia energético que o país asiático receberia em troca do fim de suas ambições nucleares.

- Houve uma concordância nas principais diferenças das ações da Coréia do Norte para a desnuclearização, suas metas e quão longe elas irão, e das medidas correspondentes de outros países e a escala da assistência - disse a repórteres o enviado sul-coreano Chun Yung-woo.

- A Coréia do Norte basicamente concordou com todas as medidas do esboço - disse ele.

Sob anonimato, uma fonte sul-coreana disse à agência chinesa Xinhua que um documento conjunto 'atingiu a fase final' e deve ser adotado na terça-feira.

- Estados Unidos, China, Rússia, Japão e as duas Coréias já aceitaram a maior parte de um plano que obrigaria Pyongyang a desativar suas instalações nucleares em troca de garantias econômicas e de segurança.

Alguns dos participantes desconfiam se a Coréia do Norte, já sob sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao seu teste de arma nuclear em outubro, pretende realmente cumprir sua parte no eventual acordo.

Os diplomatas pretendem divulgar uma declaração informando o que a Coréia do Norte receberia em troca de desativar a usina de Yongbyon, que produz plutônio usável em armas nucleares.

Uma fonte diplomática disse que a Coréia do Norte exigiu que os EUA e os outros quatro participantes oferecessem 2 milhões de toneladas de óleo combustível pesado por ano -equivalentes a 600 milhões de dólares - e mais 2 gigawatts de eletricidade, a um custo de 8,55 bilhões de dólares, nos próximos dez anos.

Essa energia equivale praticamente à atual capacidade norte-coreana.

Em setembro de 2005, a Coréia do Norte aceitou em princípio um plano pelo qual abandonaria o programa de armas nucleares em troca de ajuda econômica e garantias de segurança ao país.

O pacto foi rompido depois que Washington impôs sanções financeiras a Pyongyang, devido a supostos crimes como falsificação de divisas. As negociações passaram então um ano paradas, só sendo retomadas devido à condenação mundial ao teste nuclear de outubro.