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Caracas manterá 'paciência' com os Estados Unidos

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Agência EFE

CARACAS - O Governo venezuelano disse nesta segunda-feira que continuará a ter 'paciência' diante da 'agressão permanente' dos Estados Unidos, garantindo que manterá a venda de seu petróleo e desafiando os americanos para que deixem de comprá-lo, anunciou o ministro das Relações Exteriores, Nicolás Maduro.

- O mundo inteiro sabe o que foi a agressão permanente deste Governo dos EUA contra a Venezuela, contra sua democracia e contra o presidente Hugo Chávez; também sabe de todo o esforço, a paciência e a tolerância que teve (...) e vamos continuar tendo - declarou o funcionário.

Sobre recentes declarações do subsecretário de Assuntos Políticos dos EUA, Nicholas Burns, dizendo que seu país quer deixar de depender do petróleo da Venezuela, de quem compra cerca da metade de sua produção diária de 3,4 milhões de barris. Maduro respondeu, desafiando os EUA a suspender essas compras.

- Se Nicholas Burns diz que não lhe faz falta o petróleo venezuelano, que não o compre. Nós vamos continuar vendendo petróleo aos EUA porque somos um país sério e se o vendemos à sociedade americana, mas eles dizem que não lhes faz falta, bom então que não o compre mais - insistiu.

O discurso de Burns, acrescentou o chefe da diplomacia venezuelana em companhia de sua colega colombiana, María Consuelo Araújo, de visita a Caracas, faz parte 'de declarações desesperadas da administração (do presidente George W.) Bush que está indo embora e dentro de seu processo de declive, tornando-se uma administração mais perigosa'.

Maduro previu que a visita anunciada por Bush a alguns países latino-americanos tem como meta dividir seus governantes, mas previu que 'não vai consegui-lo' e que nesse sentido 'estão perdendo seu tempo'.

Também confirmou que o Governo de Chávez pediu um novo embaixador dos EUA na Venezuela, em substituição a William Brownfield, que recentemente foi advertido de que poderia ser declarado 'persona non grata', por causa de comentários, que o governante venezuelano interpretou lesivos à soberania nacional.

"Bem vindo o novo embaixador e tomara que venha são de diálogo e de respeito à soberania. Nós o receberemos também com (...) respeito, com diálogo permanente e que venha fazer seu trabalho que nós faremos o nosso', destacou Maduro.