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Peregrinos xiitas pedem fim da violência sectária no Iraque

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REUTERS

BAGDÁ - Peregrinos xiitas pediram nesta segunda-feira pelo fim da violência sectária no Iraque. O pedido foi feito na cidade sagrada de Kerbala, onde os peregrinos foram para lembrar o neto do profeta Maomé, morto há 1.300 anos. Os cerca de dois milhões de peregrinos presentes à Ashura enfatizaram a união entre os muçulmanos e tentaram amenizar as tensões entre sunitas e xiitas, que vêm provocando o temor de uma guerra civil no Iraque.

- Chega de derramamento de sangue - dizia um cartaz. - Façamos da Ashura um dia de fraternidade entre os iraquianos - dizia outro. - Somos todos muçulmanos - lia-se em um terceiro.

A morte do imã Hussein no ano 680 aprofundou a divisão entre muçulmanos xiitas e sunitas. O Iraque vem enfrentando choques entre os sunitas, que são minoria, mas que dominavam o país no regime de Saddam Hussein, e a maioria xiita, que era oprimida sob Saddam mas que hoje domina o governo.

Abdul Aziz al-Hakin, o líder político xiita mais poderoso do Iraque, também pediu aos iraquianos durante uma reunião da Ashura em Bagdá que superem as diferenças sectárias.

- Somos um povo unificado e vejo nossos irmãos sunitas com simpatia nesta guerra contra os terroristas - disse ele, por trás de um vidro à prova de balas.

- Condeno o assassinato de sunitas tanto quanto condeno os de xiitas ou de qualquer outro iraquiano - acrescentou.