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Pela 1a vez, Israel tem ministro muçulmano no gabinete

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REUTERS

JERUSALÉM - O primeiro muçulmano indicado para ocupar um ministério em Israel tomou posse na segunda-feira no Parlamento. Sua nomeação, alvo de um intenso debate durante várias semanas, atraiu críticas de partidos de ultra-direita e também de parlamentares árabes.

No domingo, o gabinete de Ehud Olmert resolveu o impasse ao decidir que Galeb Magadla, do Partido Trabalhista israelense, seria ministro sem pasta.

- Tenho certeza de que o ministro Galeb Magadla será um lugar para buscar ajuda para lidar com as distâncias entre os setores árabes e judeus - disse o ministro da Defesa, Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista.

Os árabes representam 20 por cento da população israelense, e sempre se sentiram discriminados no acesso a cargos públicos e na distribuição de verbas para suas aldeias e cidades.

- O primeiro passo foi dado, e isso deu aos árabes israelenses uma sensação de pertencimento - disse Magadla no domingo à Rádio do Exército.

Mas vários parlamentares árabes se manifestaram contra a indicação, dizendo que Magadla só representaria a ideologia do seu partido, e não toda a população árabe. Outros disseram que ele entra para um governo que não está interessado em fazer a paz com seus vizinhos árabes.

As autoridades israelenses alegam que os árabes do país têm mais liberdade política que em outros países da região e uma forte representação no Parlamento de Israel.