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Maioria dos universitários de Xangai queria ser dos EUA ou do Japão

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Agência EFE

XANGAI - Uma recente pesquisa revelou que 37% dos universitários de Xangai gostariam de ser americanos e outros 15% desejariam ser japoneses, algo que os especialistas atribuem a uma crise de identidade histórica. Yu Hai, professor da prestigiosa Universidade de Fudan, destacou que, apesar de os resultados da pesquisa não serem representativos em nível nacional, já que Xangai, capital econômica da China, é também a cidade mais aberta ao exterior.

- A laguna de identidade afeta toda a juventude.

Segundo o jornal 'Shanghai Daily', o desejo dos estudantes universitários chineses de ir estudar em uma universidade americana é freado pelas dificuldades impostas por Washington em matéria de vistos. Diante dos obstáculos, os filhos da classe alta chinesa optam, como segunda opção, por universidades européias, principalmente o Reino Unido, cuja indústria da educação já se transformou em um bom negócio na China, pois o preço das matrículas de estudantes estrangeiros é elevado.

A pesquisa realizada na Universidade de Fudan, em Xangai, revelou que os estudantes chineses parecem gostar mais da cultura ocidental, com 93% dos três mil consultados considerando o inglês muito importante, contra 87% dos que citaram o mandarim.

- Evidentemente, o inglês está muito na frente do chinês, o que também parece marginalizar a cultura chinesa - afirmou Yu, diretor do programa desenvolvido pelo departamento de Sociologia.

Zeng Fang, funcionário da divisão de educação moral na Comissão de Educação de Xangai, qualificou as revelações da pesquisa como um "problema".