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Governo iraquiano afirma que 200 insurgentes morreram em Najaf

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Agência EFE

BAGDÁ - O porta-voz do Ministério da Defesa iraquiano, Muhamad al-Askari, afirmou nesta segunda-feira que os confrontos do domingo em Najaf, 150 quilômetros ao sul de Bagdá, deixaram 200 insurgentes mortos, 60 feridos e 160 detidos.

Em entrevista coletiva, Askari confirmou também que Ahmad Bin al-Hassan al-Yamani, dirigente de um grupo rebelde xiita desconhecido até agora e autodenominado "Exército do Céu", morreu nos duros combates de ontem das forças iraquianas e americanas contra membros desta milícia.

O porta-voz disse que os enfrentamentos, que aconteceram na localidade de Al-Zarka, quatro quilômetros ao norte de Najaf, duraram 24 horas e terminaram depois do amanhecer. No entanto, responsáveis locais tinham elevado nesta segunda para 300 o número de vítimas fatais.

Após os combates, as forças iraquianas encontraram 500 fuzis e metralhadoras, 11 morteiros e bazucas e dez metralhadoras de grande calibre em veículos 4x4.

Os combates começaram depois que o Exército iraquiano recebeu informações sobre a presença de 600 homens armados em Al-Zarqa, que estariam preparados para lançar um ataque contra os santuários xiitas em plena festa da Ashura.

Najaf e sua vizinha Karbala estão cheias de fiéis xiitas que, a partir desta noite, celebrarão a Ashura, a maior festa do calendário xiita.

Os rebeldes reunidos em Al-Zarqa eram tantos e estavam tão bem armados que o Exército iraquiano teve que pedir apoio ao americano, que usou a Força Aérea para render os rebeldes.

O líder do grupo, segundo fontes governamentais, tinha ordenado matar as principais autoridades xiitas iraquianas - incluindo o grande aiatolá Ali Sistani - para preparar a chegada à terra do Imame ao Mahdi, o messias que restabelecerá a paz e a justiça na Terra.

Segundo o Exército iraquiano, oito agentes iraquianos (entre policiais e militares) morreram nos choques de domingo, e mais seis estão desaparecidos.

Além disso, o Exército americano confirmou ter perdido dois homens na queda de um helicóptero de combate que sobrevoavam a zona de Al-Zarqa.