Agência EFE
JERUSALÉM - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, tem interesse de conversar com o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, sobre o plano de paz que ele apresentou em novembro e que o lado palestino vê como uma 'extensão do Mapa do Caminho'.
Em declarações à Efe por ocasião da visita que Abbas irá realizar na próxima sexta a Madri, o chefe de gabinete do líder, Rafik al-Huseini, disse que os pontos mais interessantes do plano para a ANP são a convocação de uma conferência de paz assim como o posicionamento de uma missão de observação internacional em Gaza.
Além disso, disse que uma missão similar poderia ser estabelecida na Cisjordânia.
O plano apresentado por Zapatero e apoiado por França e Itália não foi aprovado, como se pretendia, na última cúpula da União Européia, mas o presidente do Governo espanhol afirma que foi "fundamental' para mobilizar a UE e movimentá-la a assumir um maior papel no Oriente Médio.
Na declaração final da cúpula de dezembro, a UE apoiava a convocação de uma conferência de paz e dava um mandato ao chefe de política Externa da União Européia (UE), Javier Solana, para trabalhar na região, embora o desdobramento de uma missão internacional em Gaza não esteja descrita na declaração.
A ANP, afirmou Hosseini, 'sempre esteve interessada em uma conferência de paz' como a que aconteceu em Madri em outubro e novembro de 1991, e também está 'no posicionamento de uma missão em Gaza, assim como na Cisjordânia'.
Abbas rejeitou até agora qualquer plano que esteja fora do Mapa do Caminho do Quarteto de Madri (ONU, EUA, UE e Rússia), mas para a ANP a proposta de Espanha, França e Itália não é uma alternativa, mas 'uma extensão' deste documento.