Agência JB
PARIS - O ministro de Assuntos Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, advertiu Teerã sobre o risco de sofrer um 'isolamento total' se cumprir seu plano de instalar 3 mil centrífugas para enriquecer urânio, em resposta à resolução da ONU contra o Irã.
- Não posso pensar nem por um instante que o conjunto das autoridades iranianas possa optar por um isolamento total de seu país - disse Douste-Blazy à rádio 'France Inter'.
Douste-Blazy ressaltou que a resolução do Conselho de Segurança, impulsionada por França, Alemanha e Reino Unido, foi adotada neste sábado 'de forma unida', com o respaldo da Rússia e da China.
A 'união e a firmeza' da comunidade internacional ajudarão no isolamento do Irã se suas autoridades 'não compreenderem a mensagem', segundo o ministro, que aconselhou Teerã a não entrar nessa 'espiral'.
O Parlamento iraniano iniciou um procedimento urgente para votar uma lei que obrigue o Governo a 'revisar sua cooperação' com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA). A resolução 1737, que foi adotada neste sábado pelos 15 membros do Conselho de Segurança por unanimidade, exige que o Irã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio em um prazo de 60 dias.
Se o Irã não cumprir o prazo estabelecido, os Estados-membros da ONU ficarão proibidos de fornecer material e tecnologia que Teerã possa utilizar para seus programas nucleares e de mísseis.