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Funeral de italiano que recebeu ajuda para morrer é realizado em Roma

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Agência JB

ROMA - O funeral civil de Piergiorgio Welby - que sofria de distrofia muscular progressiva e que, como era seu desejo, morreu após o desligamento de um respirador artificial - foi realizado neste domingo em Roma depois de a Igreja italiana não autorizar uma cerimônia religiosa.

A viúva de Welby, Mina, disse durante o funeral civil, realizado na Praça San Giovanni Bosco, que sentia que seu marido 'era realmente livre' e estava 'contente'. Várias pessoas participaram da cerimônia.

Durante meses Welby travou uma batalha para reivindicar seu direito a morrer, que não foi amparado pelo Tribunal Civil de Roma. Um médico realizou o desejo de Welby de desligar, com sedação prévia, o respirador automático.

A família quis realizar um funeral religioso, mas o Vicariato de Roma não autorizou o culto. Por isso, a cerimônia civil ocorreu na praça da igreja do bairro onde Welby vivia.

O Vicariato explicou na sexta-feira, um dia depois da morte de Welby, que não pôde autorizar as exéquias religiosas porque o italiano havia manifestado publicamente em várias ocasiões sua vontade de pôr fim a sua vida, 'o que contrasta com a doutrina católica'.