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Popularidade de presidente colombiano resiste a escândalo

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Reuters

BOGOTÁ - A popularidade do presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, resistiu ao escândalo envolvendo a ligação de políticos governistas com paramilitares de extrema direita, tendo caído apenas um ponto percentual, para 65%.

O dirigente conseguiu reverter a tendência de queda verificada desde junho, após sua reeleição.

Uma pesquisa do instituto Invamer Gallup divulgada na quinta-feira revelou que a crise responsável por levar três congressistas aliados de Uribe à prisão e por expor outros seis a acusações de vínculo com os paramilitares abalou apenas de leve o mandatário, que registrou uma popularidade de 66% na enquete anterior.

Uribe, um advogado de 54 anos que é neste momento, quando líderes de esquerda ganham cada vez mais espaço na América Latina, o principal aliado dos EUA na região, continua a ser o presidente mais popular da história da Colômbia, apesar de sua popularidade ter diminuído 12 pontos percentuais desde junho.

Na pesquisa de setembro, Uribe apareceu com um índice de aprovação cinco pontos percentuais abaixo do anterior; na de outubro, com um índice sete pontos percentuais menor.

Mas o dirigente conseguiu frear essa tendência, registrando agora apenas um ponto percentual de queda.

Em meio ao escândalo político, Jorge Noguera, ex-diretor da central de inteligência do país, foi acusado de dar apoio aos paramilitares. Um funcionário do Ministério dos Transportes renunciou após reconhecer que, em 2001, havia se reunido com chefes desses grupos.

O diretor da Invamer, Jorge Londono, disse que a decisão de Uribe de levar para uma prisão de segurança máxima os antigos comandantes paramilitares e o apoio dado pelo presidente às investigações realizadas em meio ao escândalo impediram uma diminuição maior nos índices de popularidade dele.