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Morte assistida de doente na Itália provoca debate sobre eutanásia

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Agência JB

ROMA - A morte assistida de Piergiorgio Welby, que havia pedido que os equipamentos que o mantinham vivo fossem desligados, provocou um inflamado debate sobre a eutanásia na Itália.

Piergiorgio Welby, o italiano que sofria de distrofia muscular e que há meses reivindicava a eutanásia, não havia conseguido que os tribunais reconhecessem o que considerava um 'direito pessoal', mas sua morte, assistida por um médico, fez com que alcançasse seu objetivo de obrigar o país a debater o tema.

Após a morte de Welby, a comoção abriu caminho para a polêmica e o debate entre aqueles que consideram necessário criar uma legislação que regule estes casos e os que acusaram o médico de "homicídio' ou consideraram o gesto 'político'.

Embora tenha insistido na importância da defesa da vida, o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, considerou que foi aberto um debate que 'terá que ser levado à frente'.

Do lado da coalizão conservadora na oposição, o deputado do Forza Italia Enrico la Loggia, destacou que a morte de Welby é um ato "ilegal', e denunciou que o Partido Radical está fazendo 'um bárbaro uso do caso', já que, para solicitar um debate no Parlamento, 'há outras razões e outros métodos'.