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Ministério francês nega que soldados tiveram Bin Laden na mira de tiro

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Agência JB

PARIS - O Ministério da Defesa francês considerou hoje "pura invenção" a tese de dois jornalistas de que soldados franceses no Afeganistão tiveram o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, na mira de tiro por duas vezes, em 2003 e 2004. Essa é a afirmação dos jornalistas franceses Eric de Lavarène e Emmanuel Razavi, autores do documentário 'Bin Laden, les ratés d'un traque', e no qual acrescentam que os soldados não mataram Bin Laden porque não receberam ordem de seus superiores para fazer isso.

- Quando ouço dizer que os soldados franceses tiveram Bin Laden em sua mira, é uma pura invenção - disse o porta-voz da Defesa, Jean-François Bureau, em entrevista coletiva.

O porta-voz ressaltou que "não há nenhum fundamento de verdade" nessa teoria, e acrescentou que, naquela época, só pôde ser feita "hipótese de localização" do líder da Al Qaeda. Bureau lembrou que o chefe do Estado-Maior francês naquela época, o general Henri Bentégeat, disse em junho de 2004 que, "entre localizar uma pessoa e proceder sua detenção, há sempre uma margem".

Os autores do documentário disseram que tinham obtido o testemunho de quatro soldados franceses das forças especiais, que estiveram naquela época no Afeganistão sob comando americano.

Esses quatro militares, cujas identidades são mantidas no anonimato, foram entrevistados em momentos e lugares diferentes e, apesar de tudo, deram a mesma versão dos fatos, segundo Lavarène e Razavi. Desde julho de 2003, a França mobilizou no Afeganistão cerca de 220 membros de suas forças especiais, primeiro ao sul do país e depois no leste. Esse contingente deve retornar à França ao longo do próximo mês de janeiro, dentro de uma "reorganização geral" do dispositivo militar francês no Afeganistão. Produzido por Ligne de Front e Hamsa Press, o documentário deve ser divulgado pela rede 'Planète'.