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Três dias de combates deixam cem mortos no Sri Lanka

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EFE

COLOMBO - Cerca de 40 militares, 40 rebeldes e 20 civis morreram desde sexta-feira em combates no leste do Sri Lanka, que deixaram também milhares de deslocados, segundo fontes do Exército e da guerrilha. Em comunicado, os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) afirmaram que os ataques do Exército na zona leste de Batticaloa causaram, neste domingo, a morte de dez civis, após terem provocado ontem a morte de outros 15.

A esses números, que não foram confirmadas pelo Governo nem pelos supervisores internacionais, somariam-se 40 soldados do Exército mortos nos últimos três dias em ataques do LTTE, segundo a própria guerrilha.

O Ministério da Defesa reconheceu a morte de apenas dois soldados, assim como 20 feridos, assegurando ainda que os combates mataram 40 rebeldes e feriram outros 40, algo que também não pôde ser confirmado por outras fontes.

Em meio a informações desencontradas, comum entre ambas as partes, um dos oficiais do distrito de Trincomalee (nordeste), Sirimevan Dharmsena, disse hoje que 10 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas nessa região e em Batticaloa por causa dos confrontos que começaram na sexta-feira.

Dharmsena disse que 3 mil deslocados estão abrigados atualmente em quatro campos na divisão de Kantale, em Trincomalee.

O Ministério da Defesa, por sua parte, informou em comunicado que cerca de 1.450 pessoas deixaram suas casas por causa dos ataques tâmeis em Trincomalee, mas não forneceu números sobre outras áreas.

Os combates no Sri Lanka aumentaram no fim de outubro, quando fracassou o diálogo de paz que ambas as partes mantiveram em Genebra.

Desde 2002, está em vigor um cessar-fogo na ilha que, na prática, não é respeitado nem pelo Exército nem pelos guerrilheiros.

O LTTE luta desde a década de 70 por um Estado independente no norte e leste da ilha, onde a etnia tâmil é maioria, em um conflito que se transformou em guerra aberta nos anos 80 e que causou mais de 65 mil mortes.