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Mulher de Litvinenko acredita no envolvimento das autoridades russas

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EFE

LONDRES - Marina Litvinenko, mulher do ex-espião russo morto em Londres por radiação, acredita que as autoridades de Moscou foram responsáveis por sua morte, mas crê que serão as britânicas que descobrirão os autores do envenenamento.

A afirmação foi feita ao jornal britânico 'The Mail On Sunday'. Na edição deste domingo, a mulher do ex-espião conta como Alexander Litvinenko adoeceu na noite de 1º de novembro, após reuniões no centro de Londres.

- Sasha (o ex-espião Litvinenko) era uma pessoa muito emotiva. Podia culpar (o presidente russo, Vladimir) Putin. Obviamente não foi o próprio Putin, certamente não. Mas o que presidente faz a seu redor na Rússia o possibilita matar um britânico em território britânico. Acho que podem ter sido as autoridades russas - diz.

A esposa do ex-agente afirma que colaborará com as investigações que a Rússia quer fazer no Reino Unido.

- Não acho que os ajudarei em suas investigações. Não acho que vão dizer a verdade. Não posso crer que utilizarão de maneira adequada as provas que pedem - ressalta a viúva.

Por outro lado, Marina Litvinenko está convencida de que a Polícia britânica descobrirá quem matou seu marido.

- Ajudei e vou dizer à Polícia tudo o que puder. Acho que estas são as pessoas que descobrirão quem matou meu marido e isso é o mais importante para mim - afirma.

Na entrevista, Marina, de 44 anos, conta como Litvinenko adoeceu na noite de 1º de novembro e lembra que ele vomitava a cada 25 minutos.

O ex-espião tinha certeza de que tinha sido envenenado porque não achava que se tratava de um mal-estar qualquer.

- Parece que alguém me envenenou. Aprendi isso quando estava na escola militar - disse Litvinenko à esposa.