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Morte de Pinochet não pôde ser evitada, apesar dos esforços médicos

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EFE

SANTIAGO DO CHILE - O doutor Juan Ignacio Vergara, chefe da equipe médica que atendia Augusto Pinochet, disse que o ex-ditador teve um problema cardíaco que não pôde ser superada, apesar das várias manobras de reanimação.

Um relatório emitido pelo Hospital Militar de Santiago às 11h de Brasília de hoje falava da estabilidade e recuperação de Pinochet, mas quatro horas depois este sofreu uma 'brusca recaída' e morreu às 14h15 (15h15 de Brasília).

Vergara disse que o ex-governante (1973-1990) sofreu falência cardíaca que não pôde ser superada, apesar das várias manobras de reanimação dos profissionais.

Segundo o relatório oficial da morte, o ex-chefe militar sofreu uma inesperada e grave falência, que obrigou sua transferência em estado crítico da Unidade de Cuidados Intermediários à Unidade de Cuidados Intensivos, onde foram aplicadas todas as medidas médicas de reanimação, sem uma resposta positiva.

Os jornalistas que estavam nos arredores do centro médico militar suspeitaram da gravidade do estado de saúde do militar quando os parentes mais próximos entraram rapidamente no lugar onde Pinochet estava há oito dias, após sofrer um infarto do miocárdio e um edema pulmonar.

Pinochet morreu quando tinha cinco causas em andamento contra ele, tanto por violações dos direitos humanos como por crimes econômicos.

Desde 1998, quando foi detido em Londres, o ex-ditador enfrentou mais de 300 ações criminais contra ele, pelas quais perdeu a imunidade quatorze vezes.

Segundo as leis chilenas, após sua morte, Pinochet deve ser retirado em todas as causas que o envolviam.