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Governo do Equador aponta fim para 'perído obscuro na América'

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EFE

QUITO - O Governo eleito do Equador afirmou hoje que, com a morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, termina um período que 'obscureceu a América'.

Pinochet, que completara 91 anos em 25 de novembro, morreu neste domingo no Hospital Militar de Santiago por causa de uma falência geral, oito dias após ter sido internado depois de sofrer um infarto do miocárdio e um edema pulmonar.

- Humanamente, toda morte é problemática, mas acho que é o fim de um período que obscureceu a América e que gerou conflitos e morte - disse hoje Gustavo Larrea, que foi nomeado como futuro ministro do Interior equatoriano.

Larrea, que é também porta-voz do movimento esquerdista Aliança País, disse que 'qualquer morte comove', mas ressaltou que Pinochet representou uma época de violações dos direitos humanos no Chile e na América.

A Aliança País, disse Larrea, 'é um projeto de paz, mas, de qualquer forma, qualquer morte comove, além de fato de que ele (Pinochet) foi um violador dos direitos cidadãos'.

A declaração de Larrea foi feita pouco depois de chegar ao aeroporto de Quito, como parte da comitiva que acompanhou o presidente eleito do Equador, Rafael Correa, em uma viagem pelo Brasil, Bolívia e Peru.

Ao ser consultado por jornalistas sobre a morte de Pinochet, Correa preferiu não fazer comentários.

- O que penso sobre Pinochet já disse antes - afirmou Correa, líder da Aliança País, em entrevista coletiva no aeroporto de Quito.

Correa foi muito crítico ao se referir ao Governo de Pinochet, ao qual qualificou de 'genocida'.