EFE
SANTIAGO DO CHILE - Lucía Hiriart, a esposa de Augusto Pinochet, sofreu um aumento da pressão arterial e teve que ser atendida após a morte do marido, ocorrida às 15h15 de Brasília de hoje no Hospital Militar de Santiago, informaram fontes da família.
A esposa de Pinochet, com quem se casou em janeiro de 1943 e teve cinco filhos, comemorava hoje seus 84 anos e teve que enfrentar a morte do marido, causada por uma falência geral, oito dias após o ex-ditador ter sido ingressado no hospital por causa de um infarto do miocárdio e um edema pulmonar.
- A senhora Lucía ficou muito abalada, sofreu um aumento de pressão e teve que ser atendida pelos médicos do mesmo hospital - disse uma pessoa próxima à família.
Acrescentou que Augusto, filho mais velho do casal, também 'ficou destroçado' com a morte do pai.
- O sentimento é de grande pesar, principalmente devido às reações de alegria demonstrada por seus opositores - acrescentou.
Segundo as fontes, os parentes e amigos mais próximos do ex-governante (1973-1990) assistirão hoje a um ato em memória de Pinochet na Catedral Militar, situada a uma quadra do hospital e amanhã, segunda-feira, participarão de uma missa no mesmo templo.
Segundo fontes extra-oficiais, o Exército determinou que o velório de Pinochet seja feito na Escola Militar.
O chefe do Exército chileno, general Oscar Izurieta, adiantou há uns meses que quando morresse, Pinochet receberá as honras que o regulamento da instituição estabelece para seus ex-comandantes na chefia.
O Governo, que está em meio a pressões para dar ou não honras de Estado ao ex-ditador, não se pronunciou a respeito, enquanto a presidente chilena, Michelle Bachelet, se reuniu com o comitê político de ministros em seu domicílio, sem que tenha emitido algum pronunciamento oficial.
A família de Pinochet manifestou sua intenção de cremar o corpo, a fim de evitar eventuais profanações a seu túmulo.