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Chanceler boliviano discutirá construção de usinas na Amazônia

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EFE

COCHABAMVA (Bolívia) - O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, afirmou nesta sexta-feira que visitará Brasília no dia 18 de dezembro para discutir sobre as hidroelétricas que o Brasil planeja construir na Amazônia e que poderiam causar danos ambientais em território boliviano.

- Estamos trabalhando nesse assunto e no dia 18 farei uma visita oficial ao Brasil, na qual abordaremos vários temas, entre eles o das hidroelétricas - disse Choquehuanca em entrevista coletiva na cidade boliviana de Cochabamba, onde nesta sexta começará a II Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações.

- (As autoridades brasileiras) Disseram-nos que não levarão adiante o projeto caso possa afetar o meio ambiente ou provocar danos à região - acrescentou.

Há vários meses, o Brasil faz estudos para construir duas hidroelétricas sobre o rio Madeira, na bacia amazônica, em lugares próximos à fronteira com a Bolívia.

As geradoras são importantes dentro do programa para garantir o abastecimento elétrico do norte e do nordeste brasileiros.

A Bolívia, inicialmente por meio de ONGs e depois também por porta-vozes oficiais, já manifestou seus temores quanto aos danos que as represas podem causar a seu território.

As autoridades bolivianas temem que as inundações provocadas para criar as represas afetem a pesca e a navegabilidade em seu lado do rio Madeira.

Segundo Choquehuanca, o Governo do Brasil, em carta assinada por seu chanceler, Celso Amorim, se comprometeu a informá-lo dos resultados dos estudos de impacto ambiental e a mantê-lo informado sobre o avanço do projeto.