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Evo Morales defende na Holanda plataforma de nacionalização

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HAIA - O presidente boliviano, Evo Morales, reiterou nesta segunda-feira durante visita à Holanda que seus planos de nacionalização não significam a expulsão nem a desapropriação de empresas estrangeiras, cujos investimentos, insistiu, são necessários para seu país. Morales ressaltou que a Bolívia quer ter 'controle sobre seus recursos naturais' e que para isso precisa de 'parceiros e não de donos'.

Ele afirmou que a Bolívia 'precisa dos investimentos'

estrangeiros, mas que ao mesmo tempo deve 'continuar lutando por mudanças profundas' que solucionem os problemas sociais da maior parte da população indígena.

O presidente boliviano considerou que a renegociação dos contratos assinados com as empresas estrangeiras presentes na Bolívia - aprovados pelo Congresso e que devem ser ratificados pelo Senado - é a melhor forma de dar segurança jurídica às companhias, "com as quais somos muito respeitosos'.

Sobre a negociação entre a Administração boliviana e a companhia petrolífera holandesa Shell, Morales defendeu que o Estado tenha "uma parte nas diferentes cadeias de produção'.

Morales falou com executivos da Shell sobre sua intenção de comprar da companhia uma parte de suas ações da Transredes, a transportadora de hidrocarbonetos da Bolívia. A Shell controla -junto com a britânica Ashmore - 50% da operadora dos gasodutos bolivianos, enquanto a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) possui 33,57%.