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Oposição denuncia fraude na Assembléia Constituinte boliviana

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LA PAZ - O partido opositor União Nacional (UN), que tem uma centena de militantes em greve de fome, denunciou uma suposta fraude na votação realizada na última semana na Assembléia Constituinte para definir a fórmula de voto que será utilizada na aprovação da nova Carta Magna da Bolívia.

O líder e constituinte da UN, Samuel Doria Medina, em jejum há oito dias, fez a denúncia na cidade de Sucre, que fica no Sul do país e que é a sede da Assembléia. Segundo o político, no registro da votação realizada na sexta-feira passada a pedido do governante Movimento Ao Socialismo (MAS) aparecem os nomes de dois constituintes deste partido que não estavam no plenário, muito menos na cidade.

O MAS e seus aliados aprovaram naquela data, com 140 votos, a validade das decisões da maioria absoluta nas reformas constitucionais, o que altera os dois terços fixados na Constituição e na lei de Convocação à Assembléia.

Segundo Doria Medina, os constituintes governistas Jorge Arias e Miriam Cadima Coca não estiveram na sessão de votação porque, horas antes de sua realização, tomaram um vôo para Cochabamba com escala em Santa Cruz.

O líder da UN afirmou que, ainda que o regulamento de debates aprovado pela Assembléia não determine como proceder nestes casos, normas da Câmara dos Deputados estabelecem 'que quando há irregularidades e fraude, a votação é anulada'.

De posse dos registros da empresa aérea utilizada pelos constituintes governistas, a União Nacional pediu à direção da Assembléia a anulação da votação.