BAGDÁ - Seis carros-bomba mataram 160 pessoas em um bairro xiita nesta quinta-feira, no pior atentado em Bagdá desde a ocupação americana. As autoridades impuseram toque de recolher por tempo indeterminado na cidade.
Líderes das principais comunidades foram à TV pedir calma, o que já havia ocorrido em fevereiro, quando um atentado a uma importante mesquita xiita, atribuído à Al Qaeda, desencadeou uma onda de violência sectária que ainda não se abateu.
- Pedimos às pessoas que procedam de forma responsável e que fiquem unidas para acalmar a situação - disseram os líderes em declaração conjunta.
Outras 257 pessoas ficaram feridas nas explosões na favela de Cidade de Sadr, segundo a polícia.
Quase ao mesmo tempo, militantes cercavam e atiraram contra a sede do Ministério da Saúde, controlado pelos xiitas, num dos ataques diurnos mais ousados já feitos em Bagdá. Morteiros depois caíram em um bairro sunita próximo, aparentemente em retaliação. Ao anoitecer, havia tiroteios esporádicos em vários bairros.
Os carros-bomba de Sadr estavam estacionados e provocaram mortes em ruas e em um mercado. Além disso, morteiros caíram na região, e residentes apreenderam um sétimo carro que segundo eles era guiado por um militante suicida. (Reuters)