ASSINE
search button

Dois oficiais chilenos são detidos pela Caravana da Morte

Compartilhar

EFE

SANTIAGO DO CHILE - Dois militares chilenos reformados foram detidos hoje e processados por sua suposta responsabilidade em 42 crimes cometidos em 1973 pela chamada Caravana da Morte, informaram fontes judiciais.

Os dois militares são o general Hernán Núñez Manríquez e o coronel Oscar Haag Blaschke, ex-comandante do regimento Copiapó. Ambos foram detidos hoje e levados ao juiz Víctor Montiglio, que determinou a reclusão dos dois no Batalhão da Polícia Militar em Santiago.

Os dois militares processados pertenciam aos regimentos das cidades de Calama, onde foram assassinados 26 prisioneiros, e Copiapó, onde houve 16 vítimas.

Segundo a resolução de Montiglio, os dois militares participaram das execuções das vítimas, cujos corpos foram exumados anos mais tarde ou lançados ao mar.

Entre os mortos em Calama estavam dirigentes sindicais, profissionais e um jornalista, Carlos Berger, que tinha sido condenado por um conselho de guerra a apenas 61 dias de prisão.

O caso da Caravana da Morte esteve anteriormente a cargo do juiz Juan Guzmán Taipa, que em 2001 processou Augusto Pinochet, mas o ex-ditador (1973-1990) foi absolvido pela Corte Suprema por sofrer de uma demência subcortical.