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Bolívia e Petrobras adiam para dezembro negociação sobre gás

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EFE

LA PAZ - O Governo da Bolívia e a Petrobras marcaram hoje uma série de reuniões entre os dias 4 e 8 de dezembro para analisarem o preço do gás boliviano exportado para a região sudeste.

A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) informou que executivos das duas companhias se reuniram na última quarta e hoje para 'buscarem uma solução de consenso que beneficie ambas as partes'.

No dia 8 de novembro venceu o prazo fixado entre as partes para a obtenção de um acordo sobre a tarifa, mas decidiram adiar a decisão por mais um mês, até 8 dezembro, diz um comunicado da YPFB.

A Bolívia pretende estabelecer um aumento substancial na tarifa do gás natural paga pela Petrobras, que é atualmente de US$ 4 por cada milhão de unidades térmicas britânicas (BTU).

A quantidade do produto exportada para a região sudeste é de cerca de 26 milhões de metros cúbicos por dia, praticamente a metade do consumo de gás natural do Brasil, segundo números oficiais.

O contrato, em vigor desde 1999 e com validade até 2019, estabelece a possibilidade de que as partes vão a uma arbitragem internacional caso não haja um acordo sobre o preço.

As autoridades bolivianas já conseguiram fazer no final de junho com que a Argentina aumentasse de US$ 3,35 para US$ 5 por milhão de BTU o preço que paga por um volume que atualmente ronda os 4,5 milhões de metros cúbicos por dia.