ASSINE
search button

Com Moscou na mira, EUA sancionam entidade chinesa por comprar armas russas

Compartilhar

Os Estados Unidos sancionaram nesta quinta-feira (20) uma unidade militar chinesa pela compra de armas e aviões russos, punindo pela primeira vez uma entidade estrangeira por seus negócios com a Rússia e, assim, aumentando a pressão sobre Moscou pelo que considerou "atividades malignas".

O governo de Donald Trump disse que aplicou as sanções sob uma lei aprovada pelo Congresso no ano passado para punir o governo da Rússia por sua interferência nas eleições americanas e sua política na Ucrânia.

"O objetivo final dessas sanções é a Rússia", disse um funcionário de alto escalão.

Essas medidas "não pretendem minar as capacidades de defesa de nenhum país, mas buscam impor custos à Rússia em resposta a suas atividades malignas", assinalou sob condição de anonimato.

A Lei para Contra-Arrestar os Adversários dos Estados Unidos por meio de Sanções, conhecida por sua sigla em inglês CAATSA, foi aprovada em 2017 como uma ferramenta do governo para punir Rússia, Irã e Coreia do Norte com sanções econômicas e políticas.

No que diz respeito à Rússia, a lei pune a "agressão na Ucrânia, a anexação da Crimeia, intrusões e ataques cibernéticos, interferência nas eleições de 2016 e outras atividades malignas", anunciou o Departamento de Estado.

Os Estados Unidos aplicaram esta norma nesta quinta contra o Departamento de Desenvolvimento de Equipamentos (DDE) do Ministério da Defesa da China pela compra de aviões de combate russos Sukhoi Su-35 e mísseis S-400, disse o Departamento de Estado em comunicado.

Além disso, indicou que 33 indivíduos ou entidades da Inteligência russa e/ou ligados ao Exército serão incluídos na lista negra de sanções desta lei.

"Continuaremos aplicando energicamente a CAATSA e pediremos a todos os países que reduzam as relações com os setores de Defesa e Inteligência da Rússia, os quais estão vinculados a atividades malignas em todo o mundo", destacou o Departamento de Estado.

O funcionário de alto escalão disse que a unidade militar chinesa DDE, assim como seu diretor, Li Shangfu, foram sancionados por compras feitas da Rosoboronexport, principal entidade exportadora de armas da Rússia, que já está na lista negra da CAATSA por seu apoio ao regime de Bashar al-Assad na Síria.

As sanções congelam qualquer ativo do DDE e de Li nas jurisdições dos Estados Unidos e restringem o acesso do DDE aos mercados financeiros globais, bloqueando as transações de divisas sob jurisdição dos americana, bem como qualquer transação no sistema financeiro americano.

As 33 pessoas e entidades enviadas para a lista negra da CAATSA já haviam sido sancionadas sob outras leis dos Estados Unidos.

Tags:

china | eua | política | R?ssia