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Após condenação, Liga pagará 49 milhões de euros parcelados

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A promotoria do Tribunal de Reexame de Gênova, no noroeste da Itália, e os advogados de defesa do partido ultranacionalista Liga chegaram a um acordo nesta terça-feira (18) para a legenda devolver ao Estado os 49 milhões de euros que, segundo os magistrados, foram conseguidos irregularmente. No acordo, a Liga se comprometeu a pagar prestações de 100 mil euros a cada dois meses, totalizando 600 mil euros por ano, em uma conta coordenada pelos promotores de Gênova, Francesco Cozzi e Francesco Pinto. "Os 600 mil euros por ano que a liga irá fornecer a promotoria de Gênova vai ser derivada das rendas estáveis e demonstrações financeiras certificadas a partir de 2019", explicaram os magistrados.


De acordo com o contrato, a Liga pode eventualmente alugar parte do edifício da sede na Via Bellerio. Desta forma, o partido liderado pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, economizaria uma quantia maior e a parcela a ser paga na conta aumentaria proporcionalmente. "Acredito que chegamos a um epílogo civil e institucional no contexto de um amargo confronto judicial", comentou Cozzi.


O valor a ser pago diz respeito a uma cifra que a legenda teria obtido de maneira fraudulenta entre 2008 e 2010, por meio de um esquema de falsos reembolsos eleitorais no Parlamento. O dinheiro teria sido usado sobretudo para pagar despesas pessoais do senador Umberto Bossi, fundador da Liga e então líder do partido.


Em julho de 2017, Bossi e o ex-tesoureiro da legenda Francesco Belsito foram condenados em primeiro grau, respectivamente, a dois anos e meio e quatro anos e 10 meses de prisão. Até o momento, a Justiça já sequestrou cerca de 3 milhões de euros e identificou pouco mais de 5 milhões nos caixas da Liga.
Na ocasião, a corte ainda havia determinado inclusive a apreensão de entradas futuras nas contas da legenda.

Tags:

euro | Liga | pagamento