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Demissão de Henrique Eduardo Alves em má hora

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O presidente Michel Temer, ao assumir a interinidade e ao compor seu ministério, resistiu às violentas críticas que toda a mídia fazia contra uma possível indicação para o Ministério do Turismo de Henrique Eduardo Alves, apontado já há muito tempo como um dos envolvidos na Operação Lava Jato.

Enfrentou o presidente interino a oposição até de outros companheiros de partidos que compunham a base do seu governo.

A delação que envolve tantos políticos, e até mesmo o próprio presidente interino da República, por ter, segundo o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, pedido ajuda para um candidato na eleição à prefeitura de São Paulo, permitiu ao senhor presidente interino um repúdio imediato, chamando o delator de "criminoso". 

Não deveria ser agora que um dos denunciados por este "criminoso" - como apontou o presidente - viesse capitular, como se as denúncias feitas por este "criminoso" pudessem ser verdadeiras, contrariando frontalmente o que o senhor presidente repudiou sobre a delação de Sérgio Machado.

Não seria nesse momento que um ministro de seu governo, apontado nessa delação, pudesse temer e se afastar, não enfrentando, como o senhor presidente enfrentou, e permitindo que a opinião pública possa acreditar que essa foi uma delação verdadeira.