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'JB' antecipa articulações políticas para a sucessão de 2018

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Na tarde de segunda-feira (15), o JB publicou em seu site um editorial analisando as articulações para a sucessão presidencial de 2018. As manobras de PMDB, PSDB e PT foram foram antecipadas, como pode ser conferido a seguir:

"Mas existem rumores de que um dos supostos candidatos tucanos - que por dificuldade em seu partido e já tendo sido derrotado duas vezes - busca simpaticamente um diálogo com grandes lideranças do PMDB para transformar-se no candidato do partido. Partido que, com certeza, nas eleições municipais conseguirá a eleição do maior número de prefeitos. Tendo sido candidato derrotado duas vezes, esse líder tucano sabe que pode não ter vez na convenção de seu partido. E se esse apoio existir, com certeza sofrerá uma terceira derrota. Só não existirá se for candidato do PMDB. Num segundo turno, se o candidato do PSDB vier a chegar em terceiro, esse novo peemedebista, antigo tucano, poderá fazer uma composição com seu antigo partido, e aí oferecer grande dificuldade à eleição de algum petista histórico, sendo até, no raciocínio deles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A sofisticação do exercício faz reflexão na possibilidade inclusive de três candidaturas conservadoras.

A consagração oferecida na última sexta-feira aos correligionários do governador Geraldo Alckmin mostrou aos tucanos ser muito difícil fugir das mãos dele a candidatura à Presidência da República, podendo fazer com que Alckmin teste sua força lançando à Prefeitura de São Paulo seu vice do PSB. Esse confronto mostrará se Alckmin sairá candidato do PSDB ou do PSB, mas com certeza Alckmin é o único dos líderes que terá lugar a lançar-se à Presidência da República. Lhe sobram partidos.

Aécio Neves poderá ser o candidato tucano se Alckmin for inviabilizado, ou ser candidato ao governo de Minas Gerais, o que fará com que  o candidato da oposição ao PT consiga os votos necessários que faltaram a ele mesmo, Aécio, para derrotar Dilma Rousseff.

Nessa quadra, os que analisam só podem avaliar uma retomada petista se o candidato for Lula, e se o processo começar a se radicalizar já no segundo semestre."

>> Veja na íntegra

Nesta terça-feira (16), a Folha de S. Paulo, através do colunista Jânio de Freitas, e O Globo, através de Merval Pereira, seguem a mesma linha, ratificando a análise antecipada pelo JB na segunda-feira.

"É desconhecido, claro, o desdobramento imaginado por Eduardo Cunha para a ruptura do alegado acordo com o PT e o governo. Mas, cá de fora, as muitas hipóteses devem incluir até, nos possíveis efeitos extremos, uma cisão no PMDB. Muito improvável só à primeira vista, porque, na realidade, pode convir a certa armação, que se insinua, de Eduardo Cunha com vistas à sucessão presidencial. Não necessariamente com candidatura sua, como sabe seu novo correligionário José Serra. Mas talvez sim, sabe-se lá que fogos animam um tipo incomum como Eduardo Cunha", escreveu Janio de Freitas.

"...por isso a oposição já está se assanhando, com seu principal partido sendo agitado por nada menos que 3 candidaturas: as dos senadores Aécio Neves e José Serra e a do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que acaba de ser lançado candidato pela direção paulista do PSDB. Todos derrotados pelo petismo nos últimos 12 anos, mas vendo na fragilidade do atual governo a chance da volta por cima.

Há até mesmo quem especule sobre um racha no PSDB, como Aécio Neves vindo a ser o candidato tucano, o governador Geraldo Alckmin se candidatando pelo PSB – que tem o vice –governador paulista – e José Serra entrando para o PMDB.", escreveu Merval Pereira.