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PDT sem Lupi e com candidato, contra as alianças "espúrias"

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Um grupo de pedetistas tem uma noção muito clara de que o partido só conseguirá livrar-se de "alianças espúrias" — como eles classificam, por exemplo, o apoio ao PMDB de Sérgio Cabral — após uma depuração interna.

O desejo é, antes de mais nada, articular uma chapa de oposição para disputar o Diretório Nacional, e retirar da cadeira de presidente o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. 

O movimento "Fora, Lupi", como o grupo se autointitula, tem conquistado força dentro do partido. Conta, inclusive, com o apoio do ministro Brizola Neto e de seu irmão, Leonel Brizola Neto, vereador no Rio. Parte da bancada do partido no Congresso também deve aderir. 

O deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ) —  notório rival de Lupi — enquadra neste contexto as recentes declarações do deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), admitindo candidatar-se ao governo do estado em 2014.

Tais declarações têm muito mais o sentido de evitar que a legenda continue se subordinando ao PMDB, ou venha a servir aos propósitos de Anthony Garotinho (PR-RJ) ou de Lindbergh Farias (PT-RJ), ambos pré-candidatos declarados:

"O que o Miro disse é que o PDT precisa articular uma candidatura própria e abandonar essas alianças espúrias. Mas, isto só faz sentido se tirarmos o Lupi. O PDT precisa se reformular, não adianta lançar uma candidatura própria se o partido está longe de seus próprios compromissos", resumiu.

No fundo, a luta se dá entre os chamados pedetistas históricos, que batalham pela legenda desde os tempos da sua fundação por Leonel Brizola, e o grupo de Lupi, que assumiu o controle do PDT depois da morte do estadista gaúcho.