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O PT que diz não

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Como era de se esperar, deu chabu a surpreendente decisão de parte do PT do Rio em substituir o ex-chanceler Celso Amorim pela professora Marcia Tiburi como pré-candidata ao governo do estado. Não que a substituição de Celso não estivesse sendo urdida há algum tempo. O ex-ministro não empolgava e nem se empolgava com a perspectiva de segurar o rabo de foguete da administração do estado a partir do ano que vem. Mas o pior para uma parcela dos petistas foi a forma como a coisa foi conduzida, no melhor estilo PAPaL (Partido do Apartamento da Paula Lavigne), aquela facção do PSOL que pretende fazer a revolução entre uma e outra flute de champanhe no Leblon. A única diferença no caso foi a escolha ter sido tomada e anunciada no apartamento do professor Luis Eduardo Soares, em Laranjeiras. “O PT sempre teve prévias e foram esses debates que fizeram o partido ter o tamanho que tem”, diz o advogado e coordenador da setorial de Direitos Humanos do PT, Rodrigo Mondego, que foi lançado ontem pré-candidato por uma ala dos petistas. “Não estou descredenciando a Marcia, mas decisões partidárias não são tomadas assim. Por enquanto, o nome de consenso no partido é o de Celso Amorim. Nada mudou oficialmente e é o nome que eu defendo”. Até o fechamento desta edição, mais dois nomes foram mencionados nos bastidores como potenciais postulantes da candidatura petista: o dos ex-deputados Carlos Santana e Jurema Batista. 

Marisa lá 

Simone de Beauvoir, quem diria, parou na Taquara. A pensadora francesa foi uma das 13 homenageadas como novos nomes de ruas da cidade pelo prefeito Marcelo Crivella. Entre lideranças religiosas e bravas lutadoras como Patríca “Pagu” Galvão e a advogada Eliana Augusta de Carvalho Athayde, apenas uma virou nome de avenida: a Avenida Marisa Letícia Lula da Silva.

Família unida 

Anda guloso o clã Fernandes. Além da pré-candidatura do deputado Pedro Fernandes ao governo, a família oferecerá ao distinto pública opções como o nome da vereadora Rosa Fernandes para deputada estadual, e do ex-presidente da Fundação Leão XIII, Sérgio Fernandes para deputado federal.

Chame o ladrão 

O comando do 2º BPM enviou à direção do Colégio Padre Antônio Vieira, no Humaitá, um comunicado sugerindo que pais e alunos evitem dar bobeira na porta da escola nos horários de entrada e saída. O número de assaltos ali chega a três por dia. “Infelizmente precisamos nos adequar à atual situação da cidade do Rio de Janeiro” diz o aviso aos pais. Policiar devidamente a cidade seria uma alternativa, não?

Ele merece 

Pela primeira vez depois de cinco edições, o Diploma Heloneida Studart de Cultura, honraria da Comissão de Cultura da Alerj, será entregue a uma representação quilombola. Ronaldo Santos é do Quilombo Campinho da Independência, em Paraty, e comanda a Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas. 

Ecos da crise 1 

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, cerca de 40% das empresas filiadas liberaram os funcionários para trabalhar de home office nos piores dias da greve. Trabalhar de casa foi a solução para reduzir o impacto da falta de ônibus e de combustível.

Ecos da crise 2 

Amigo da coluna que precisou vir correndo de um leilão de nelore em Entre Rios de Minas no meio dessa semana caótica, não teve dúvidas. Parou numa loja e comprou 36 litros de álcool hospitalar 96º. “É o mesmo teor do etanol”, explicou. O carro, até onde sabemos, continua rodando.

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LANCE LIVRE

• Em função da crise, a Coppe/UFRJ adiou o seminário “Como tornar o Rio de Janeiro um polo de inovação e de tecnologias limpas?” que seria realizado dia 5 de junho. A nova data será divulgada em breve. O pianista Pedro D´Ávila apresenta obras de Schuman, Haydn e Chopin, dia 15 de junho na 1ª Igreja Batista de Petrópolis