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Brexit acadêmico

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É mais labiríntica do que parece a ideia de transferir a Faculdade de Direito da UERJ para o antigo prédio do Tribunal de Alçada, no Centro. O argumento é que a medida aproximaria a escola de onde está localizada a maioria dos escritórios de advocacia, tribunais e órgãos públicos. Mas a história é mais complicada do que parece, e diz muito sobre como pensa a elite brasileira. Instalada no sétimo andar do prédio da UERJ, a Faculdade de Direito é uma espécie de Inglaterra que não quer mais carregar nas costas uma Grécia de custos de faculdades menos prestigiadas como Pedagogia ou Serviço Social. Em novo endereço, só seu, a nossa Inglaterra de toga não correria riscos de ter de paralisar as aulas de um MBA caríssimo, só porque aqueles comunistas da Geografia fecharam o portão da universidade para reivindicar um bandejão. Quem tiver dúvidas sobre como vai terminar essa história, se consumada, basta visitar o prédio da rua do Catete 243, onde durante anos funcionou a Faculdade de Direito da Guanabara. Por ali passaram nomes como Anisio Teixeira, Afonso Arinos de Melo Franco e Luis Werneck Vianna. Depois que o curso mudou para o Maracanã, virou sede da UNE e foi tombado em 1990. Quando os estudantes saíram de lá, a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia anunciou que viraria uma incubadora de startups de tecnologia. Completamente abandonada, a antiga faculdade é hoje uma ruína tomada pelos ratos.

Em tempo 

A UNE só deixou a Rua do Catete 243 em 2010, quando recebeu da União uma indenização de R$ 30 milhões pelo incêndio de sua antiga sede na praia do Flamengo durante o Regime Militar. Com festa, a entidade apresentou na época o projeto do novo prédio, cedido gratuitamente por Oscar Niemeyer. Passados oitos anos, nada foi feito. E o dinheiro? Ninguém sabe, ninguém viu.

Chanceler suado 

Bernardinho vai ter hoje que suar a camisa. Aguardado no primeiro congresso do Partido Novo, ele finalmente explicará porque não aceitou a candidatura ao governo do Rio e, afinal, o que diabos significa essa história de que vai ser uma espécie de “embaixador” do partido.

Cadê você, cadê você? 

Garotinho parece que não digeriu bem a pesquisa do JORNAL DO BRASIL indicando que 72% da população rejeita sua candidatura ao governo. Anteontem ele simplesmente não apareceu (e nem deu notícias) no encontro com os pré-candidatos a deputados do PPL no SINDIPETRO. Até o pré-candidato a presidente, João Vicente Goulart compareceu.

Alô, polícia! 

Nada deve se opôr ao alcance do braço firme da Lei. Mas daí a viatura placa  KWH 7317, da 4ª DP, passear vagarosamente pelos trilhos do VLT na Rio Branco, com a sirene desligada, vai uma tremenda diferença, né não?

Agora vai? 

Só faltou estourarem champanhe no escritório político de Eduardo Paes, anteontem, quando saiu a notícia de que o TSE devolvera os direitos políticos dele e de Pedro Paulo. “É muito difícil conseguir uma liminar com essa na largada da campanha”, diz Pedro Paulo. “Saímos de um 1 x 0 contra para um 1 x 0 a favor”.

Comigo não, violão 

Em seu alentado perfil na revista Época, o palpiteiro-mor Elsinho Mouco fez questão de se eximir de culpa pela brilhante ideia de Temer visitar o prédio dos sem teto que desabou em São Paulo. Mas reconhece o “Bora Temer”, entre outras realizações. Ou seja, ele fez besteira pra caramba, mas não essa.

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LANCE LIVRE

O ex-ministro Luiz Pinguelli Rosa lança segunda-feira, às 18h, no Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, o livro “A Transdisciplinaridade da Consciência”. A ONG Solidariedade França Brasil, presidida por Marie Bendelac Ururahy, comemora 32 anos com coquetel segunda-feira na Maison de France. O cardápio será assinado pelo chef Roland Villard.