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Transparência no MAM

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O mercado de artes plásticas do Rio entrou em polvorosa. Depois das notícias da venda do único Pollock da América Latina e, agora, após a revelação pelo InformeJB que uma peça rara de Lygia Clark, o “Bicho Relógio de Sol”, avaliado em US$ 2 milhões estava tendo sua venda preparada na surdina pela direção do MAM, eclodiu um movimento. Artistas, curadores, críticos e produtores já fizeram duas reuniões no ateliê de Luiz Zerbini preocupados com o futuro do museu. Há muitas regiões de sombra na história das vendas das peças. No caso de Lygia Clark por exemplo, a direção do MAM, cujo presidente é o herdeiro da Coleção Gilberto Chateaubriand, diz que vai trocar um “Bicho”  maior, do seu acervo, pelo  “Bicho Relógio de Sol”,  uma das peças que sobrou da coleção do MAM após o incêndio de 1978. Pra quem não entende do riscado, parece uma vantagem. Só que o “Relógio de Sol” é o único dourado da série “Bichos” que consagrou Lygia Clark nos anos 60. Os demais são todos prateados. Ou seja, é uma peça mais rara, exclusiva, e obviamente de valor mais elevado. Nomes como Vik Muniz, Luiz Mello, Leonel Kaz, Daniela Name e Paulo Sérgio Duarte tem se falado diariamente, preocupados com a falta de transparência na gestão do MAM. Desde 1993, quando foi firmado o comodato que permitiu aos Chateaubriand  abrigar 7 mil peças de sua coleção particular no museu, pouco se sabe como é regulada essa relação. As dúvidas são várias. Outras peças já foram vendidas? Se o MAM passar nos cobres todo o seu acervo para gastar em manutenção e um dia os Chateaubriand forem embora, o que vai sobrar? Um grande quadrado de concreto? De repente dá pra transformar em um shopping.

Seria censura? 

Lá pelos lados do PAPaL (Partido do Apartamento da Paula Lavigne) tem gente pensando em trocar a irmã pela viúva nas eleições de outubro. Mas se a gente ousar publicar que esse cenário foi pensado sem eles autorizarem, periga termos outro chilique hoje de tarde.

Ficando quente 

Estão fi cando mais fortes os sinais de que o PP do vice-governador Francisco Dornelles caminhará ao lado de Índio da Costa na eleição para o governo.

Ficando frio 

Por outro lado, raposas felpudas da política carioca divergem sobre quase tudo, mas estão formando uma impressão. Falta a Eduardo Paes uma coordenação política que antes era feita por Sérgio Cabral, Picciani e cia.

Cordon bleu 

Ah, que saudades de Sérgio Cabral, lamenta a turma de assessores do Palácio Guanabara que sente saudades dos cardápios franceses oferecidos pelo ex-governador a seus convidados. Hoje em dia, se o bufê trouxer arroz, feijão, frango e creme de milho, a  turma já acha uma iguaria

Alô, polícia! 

O simpático quadrilátero formado pela Soares Cabral,  Moura Brasil, Álvaro Chaves e  Almirante Benjamin Sodré, ali do lado do Fluminense, virou terra de ninguém. Semana passada até uma metralhadora foi usada durante um assalto na Moura Brasil. 

Solar é legal 

O Mapa Solar do Estado do Rio Janeiro está concorrendo a uma das mais importantes premiações na área de energia na Alemanha, país referência em propostas de energia renovável e efi ciência energética. O mapa é  um aplicativo que identifica o potencial de geração de eletricidade nos telhados da Guanabara. O serviço possibilita visualizar dados como a irradiação solar e a área disponível em cada edifício da cidade.  

Para a história 

Musa da Bossa Nova, a cantora Claudette Soares será esta semana a próxima celebridade da MPB a registrar um depoimento para os arquivos do MIS. Será sabatinada por um time que reúne Ruy Castro e Pedro Só, entre outros.

LANCE LIVRE

 O Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (Ipem/RJ) começa hoje a aferição anual de taxímetros dos cerca de 33 mil táxi convencionais, os chamados “amarelinhos”, que circulam no Rio.  Quem não fizer a aferição está sujeito a multa de até R$ 600.