O verde anda em baixa na Prefeitura do Rio. Anteontem, numa canetada só, o prefeito exonerou todos os cargos comissionados da Fundação Parques e Jardins. Os argumentos são os de sempre, a crise econômica e coisa e tal, mas o fato é que a conservação ambiental da cidade vem sendo continuamente esvaziada. Exemplos se multiplicam. O chafariz da Praça Paris está desligado desde dezembro de 2016 e só há previsão de religamento daqui a pelo menos dois meses. Os laguinhos dos chafarizes da Cinelândia estão secos e até a manutenção das praças foi terceirizada, por meio de um controverso acordo com a CSA, maior poluidora da cidade, que arcará com os custos como medida compensatória. Os ambientalistas alegam que o ato é ilegal, pois medidas compensatórias costumam vir na forma de recuperação de florestas, nunca a conservação. A restauração do Parque Fazenda da Restinga, espaço de 40 mil metros quadrados localizado atrás do Downtown, anunciada com pompa e circunstância, parou o ano passado. Não por acaso, quem passava ontem do lado do shopping se deparava com um jorro espesso de esgoto que corria direto para as águas da Lagoa da Tijuca.
Novos tempos no ar?
Depois a Gol reclama da falta de passageiros. Um casal amigo da coluna embarcou anteontem no voo 1093 para Assunção. Ckeck in feito no Galeão, tudo ok, embarcaram. Já entrando no finger de Guarulhos, a dupla foi impedida de de continuar a viagem por não ter o comprovante de vacinação contra Febre Amarela. A companhia em momento algum informou-os da necessidade do documento.
Freio de arrumação
O vice-governador Francisco Dornelles deu um freio de arrumação nas especulações a respeito do futuro do PP do Rio. Ele diz que Eduardo Paes o procurou há duas semanas pedindo orientações, mas não há nenhum compromisso eleitoral. “Tem de tudo no partido. Alguns preferem Eduardo, outros, apoiar Índio da Costa”, diz Dornelles. “Mas só tomaremos uma decisão na convenção do partido, em julho”.
Ops, esqueci!
O advogado Alfredo de Souza Neto leu com lupa a reportagem do JORNAL DO BRASIL sobre o escândalo do “Palácio da Ciência e do Ratos”, (onde a Faperj torrou R$ 20 milhões a troco de nada) para exercer seu direito de resposta. Esqueceu apenas alguns detalhes. Por exemplo, os pagamentos de cerca de R$ 170 mil ao pai dele, Alfredo de Souza Coutinho Filho, que também estão sob análise da auditoria da Faperj.
Tristes trópicos
A tragédia da Escola Tasso de Oliveira, em Realengo, onde 12 estudantes foram mortos, completa hoje sete anos. Na época, muito se falou e pouco foi feito. Na gaveta do prefeito Crivella, por exemplo, adormece a Lei 6252, aprovada ano passado, que estabelece a obrigatoriedade de exames psicológicos nos alunos da rede municipal. Ela permitiria a identifi cação prévia de casos que vão de fobias às práticas de bullying.
Alô, TSE!
Em ano eleitoral vale tudo. A Estratégia Concursos, um das maiores na área de concursos públicos do país, exibia ontem em seu site curiosa promoção. Com os dizeres “a mortadela acabou, mas o desconto você já ganhou”, o banner mostrava um Pixuleco e o slogan. “É melhor Jair se acostumando”.
Reage, Brahma!
Não se protesta mais como antigamente. Em meio às bandeiras vermelhas que tremulavam ontem às 18h na Candelária, uma placa azul chamava atenção: “Aceitamos todos os cartões”. Pertencia a um ambulante que vendia geladíssimas cervejas artesanais.
LANCE LIVRE
Aniversariante de hoje, Carlos Alberto Serpa será homenageado segunda-feira às 20hs, pela Orquestra Cesgranrio, na sede da Fundação Cesgranrio.